“Antônio Carlos Gomes da Costa foi pedagogo e um dos principais colaboradores e defensores do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e do Protagonismo Juvenil.
Autor de diversos livros e artigos em prol da promoção e defesa dos direitos do público infanto-juvenil, publicados no Brasil e no exterior, Antônio Carlos participou intensamente do grupo que redigiu o ECA e que também atuou junto ao Congresso Nacional para sua aprovação e, logo depois, sanção presidencial, feito que, segundo ele, foi sua maior realização, como cidadão e educador.
O professor exercia o cargo de diretor-presidente da Modus Faciendi, consultoria que prestava serviços a diversas instituições do Terceiro Setor, entre elas a Fundação Telefônica e o Instituto Ayrton Senna.
No Iguatu
Professor Antonio Carlos chegou ao Iguatu por causa do projeto Aliança com o Adolescente que atuava em 3 microrregiões nos estados da Bahia, Pernambuco e Ceará. Aqui no Iguatu a entidade que o professor fazia consultoria era o Instituto Elo Amigo.
Vida de Educador
Antônio Carlos Gomes da Costa teve início ao lecionar no ensino supletivo e, depois, no ensino regular dos antigos 1º e 2º graus, atuais ensinos Fundamental e Médio, há mais de 25 anos. Com o tempo, tornou-se dirigente e técnico de políticas públicas para a infância e juventude, tendo experiência em diferentes órgãos governamentais e não governamentais.
O Professor dirigiu a Escola-Febem Barão de Carmargos, em Ouro Preto, foi oficial de projetos do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e representou o Brasil no Comitê dos Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra (Suíça). Colaborou na elaboração da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança.
Um mês antes do seu falecimento, Antônio Carlos escreveu o que viria a ser seu último artigo para o Portal Pró-menino, falando sobre os desafios do ECA até 2020. Neste artigo ele deixa sua mensagem de luta ao escrever: “(…) meu primeiro artigo de 2011, pode ser resumido numa palavra de ordem de sólida objetividade: ATACAR! ATACAR! ATACAR! Se não fizermos isso, em vez de construir o futuro, passaremos a terceira década do ECA e, talvez o resto do século, nos defendendo de um fantasma que nada tem de camarada”.
A Ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, recebeu com pesar a notícia do falecimento do professor. “Seu falecimento é uma perda inestimável para o movimento dos direitos da infância. Antônio Carlos Gomes da Costa foi um educador brilhante e teve um papel singular para a construção de um futuro melhor para as nossas crianças e adolescentes”, disse a Ministra em nota publicada no Portal Direitos Humanos.
Ao lamentar a perda do amigo de luta, a Secretária Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente e vice-presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), Carmen Silveira de Oliveira, afirmou que o professor deixa dois grandes legados: “O Estatuto da Criança e do Adolescente e a aposta de que a educação é capaz de mudar a trajetória daqueles que chegaram ao ato infracional”.
O Prof. Antonio Carlos Gomes da Costa, faleceu na manhã do dia 04 de março de 2011, em Belo Horizonte (MG), deixou sua esposa Maria José Gomes da Costa e não teve filhos”.